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Presidente da FIA critica ativismo na F1; Vettel e Hamilton seguirão protestando

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Um dos principais assuntos na coletiva de imprensa do GP do Azerbaijão nesta sexta-feira foi a fala crítica de Mohammed ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) acerca de manifestações sociais na Fórmula 1. Citando Lewis Hamilton, Sebastian Vettel, e Lando Norris, que defendem temas como o antirracismo, conscientização ambiental, defesa à comunidade LGBTQIA+ e saúde mental, o emiradense reprovou o que vê como uma imposição de ideais.

  • Niki Lauda e Alain Prost só se importavam em pilotar. Agora, Vettel anda em uma bicicleta com o arco-íris, Lewis é apaixonado por direitos humanos e Norris aborda a saúde mental. Todos têm o direito de pensar. Mas pra mim, trata-se de decidir se devemos impor sobre o esporte as nossas crenças, o tempo todo – comentou.

Nos últimos quatro anos, Hamilton tem sido cada vez mais vocal sobre direitos humanos e racismo. Em 2020, o engajamento do heptacampeão à causa da população negra aumentou e hoje ele auxilia a Mercedes no desenvolvimento de projetos de inclusão, além de ter criado a Comissão Hamilton para investigar problemas no acesso de pessoas racializadas à F1, e a fundação Mission 44.

Já Vettel tem sido referência na conscientização sobre a preservação ambiental, além de também se posicionar como aliado da comunidade LGBTQIA+. O tetracampeão da Aston Martin foi capa da edição de junho da revista britânica Attitude, primeiro piloto a ilustrar o periódico voltado para o grupo.

  • Essas questões são maiores do que nós, maiores do que o esporte pode ser. É importante expressar e mencioná-las, aumentar a conscientização, educando as pessoas e mostrar que há muitas coisas que podemos melhorar – disse o alemão na coletiva de imprensa em Baku.

Hamilton se disse orgulhoso da Mercedes pela iniciativa de adotar as cores da bandeira do arco-íris na sua estrela de três pontas, que agora estampa o W13 e os capacetes do heptacampeão e de George Russell, e também garantiu que continuará defendendo causas na F1:

  • Isso não nos impede de fazer o que estamos fazendo. O esporte está crescendo continuamente e continua sendo uma plataforma importante para usar nossas vozes. Cada um de nós aqui pode fazer mais para desencadear mais conversas. As coisas estão se movendo em um ritmo muito lento. Precisamos de mais pessoas. Encorajo todos os pilotos a serem mais francos sobre as coisas com as quais se importam. Estou orgulhoso de ver o que Seb faz e por ele ser um aliado.

Além da dupla de campeões, Norris, também citado por ben Sulayem, é um advogado da defesa à saúde mental dentro da Fórmula 1. O piloto da McLaren, que sofre de ansiedade, aborda os tópicos de forma aberta com frequência.

Embora citado por Sulayem como um exemplo de isenção na F1, Lauda foi um dos pilotos a liderar uma greve dos pilotos no GP da África do Sul de 1982.
Sou de uma cultura árabe, internacional e muçulmano. Eu imponho minhas crenças a outras pessoas? De jeito nenhum! Se você olhar para a minha operação nos Emirados Árabes Unidos: 16 nacionalidades! Cite-me uma federação que tenha tantas nacionalidades. Há mais de 34% de mulheres e sete religiões, e mais cristãos do que muçulmanos. Tenho orgulho porque isso cria credibilidade e mérito – continuou o presidente da FIA.

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