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Promotor diz que outras empresas de ônibus de SP são investigadas

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O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, afirmou que outras empresas além da Transwolff e da UPBus são investigadas na capital paulista por suspeita de ligação com organizações criminosas.

Gakiya é responsável no Grupo de Atuação Especial ao Crime Organiza (Gaeco) pela operação ‘Ponto Final’, que prendeu quatro pessoas dirigentes de empresas concessionárias de ônibus da capital paulista, após denúncias de elo com o facção Primeiro Comandado da Capital (PCC).

Segundo o promotor, o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (DEIC), da Polícia Civil, já investiga outras empresas de transporte coletivo da cidade, com apoio do MP.
“Há outras investigações no DEIC e na Polícia Civil [contra outras empresas] com participação nossa do MP. Se chegar ao mesmo resultado, vocês podem ter certeza que a medida a ser proposta vai ser a mesma [intervenção]. É que depende de quebra de sigilo bancário e fiscal. Não é fácil também achar as empresas [participantes do esquema]. O que nós apreendemos hoje talvez rendam outras investigações”, afirmou.
Por conta da operação ‘Fim da Linha’ nesta segunda (10), a Prefeitura de SP foi obrigada pela Justiça a assumir a operação das empresas Transwolff e da UPBus, que responsáveis por linhas de ônibus da Zona Sul e Zona Leste.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) nomeou dois servidores de carreira da SPTrans como interventores nas duas empresas, a fim de garantir a continuidade na prestação do serviço de transporte público nessas duas regiões e não prejudicar os passageiros.

Porém, Lincoln Gakiya afirma que a gestão municipal já precisam pensar em romper os contratos e realizar uma nova licitação nos lotes operados por elas na cidade.

“Se não houver solução e haver realmente uma contaminação na empresa é preciso romper o contrato e colocar uma empresa lícita naquele setor, através de uma nova licitação. Não tem que esperar. A decisão judicial era para a intervenção. A Prefeitura de SP podia ter dois caminhos: um era se opor à intervenção e recorrer. Ela poderia ter optado por apoiar a medida ou contestar a medida”, disse.

“O prefeito deixou bem claro que já baixou os dois decretos e vai apoiar a medida [de intervenção. Então, a partir desses dois modelos, é possível que prefeitura possa instaurar procedimentos contra as demais se houver compartilhamento [com esquemas ilícitos]”, declarou

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