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Produção industrial tem 3ª queda seguida em abril e volta a ficar abaixo do patamar pré-covid

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A produção industrial brasileira caiu 1,3% em abril, na comparação com março, informou, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da terceira queda seguida, com perda acumulada de 4,4% no período.

” Com isso, a produção industrial fica 1% abaixo do patamar pré-pandemia”, destacou o IBGE.
Em janeiro, a indústria operava 3,5% acima do nível de fevereiro de 2020, antes da crise provocada pela Covid.
O resultado de abril ficou abaixo do esperado. A mediana das estimativas de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data era de um recuo de 0,1%, livre dos efeitos sazonais.

Na comparação com abril do ano passado, porém, houve avanço de 34,7%, oitava taxa positiva consecutiva nessa base de leitura. Foi também a mais elevada da série histórica, iniciada em 2002, mas se deve à base de comparação extremamente baixa, uma vez que, em abril de 2020, o setor havia recuado 27,7%, a maior queda já registrada.

“Mais do que o resultado negativo em si, a gente observa um predomínio de taxas negativas disseminadas, o que reforça o recrudescimento da pandemia e todos os efeitos que isso traz para o processo produtivo”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Na passagem de março para abril, a produção encolheu em 18 dos 26 ramos pesquisados.

Com o resultado de abril, o patamar de produção da indústria ficou 17,6% abaixo de seu pico histórico, registrado em maio de 2011.

Em 12 meses, setor sai do vermelho
No ano, o setor industrial ainda acumula ganho de 10,5% frente ao mesmo período de 2020. Em 12 meses, o resultado voltou a ficar positivo (1,1%), após 22 taxas negativas.

A última taxa positiva do acumulado em 12 meses havia sido registrada em fevereiro de 2019, quando ficou em 0,4%. Em maio do mesmo ano, teve taxa nula. Todos os demais meses ficaram no campo negativo.

O IBGE avaliou, porém, que o quadro geral é de perda do ritmo de recuperação. “Essas taxas positivas que a gente vê na comparação interanual se devem, exclusivamente, à base de comparação muito depreciada”, disse Macedo.
Além da baixa base de comparação, o gerente da pesquisa destacou que fatores domésticos conjunturais intensificaram a retração da demanda no país.

“A despeito da gente ter voltado com auxílio emergencial e medidas do governo para manter emprego e renda, esses auxílios são menores que os pagos no ano passado. Para além disso, temos um mercado de trabalho muito depreciado”, acrescentou.

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