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Pacheco diz: ‘Democracia não pode ser questionada como vem sendo’

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a democracia no país não pode ser questionada como vem sendo nos últimos dias. Pacheco deu a declaração após se reunir no Supremo Tribunal Federal (STF) com o presidente da Corte, ministro Luiz Fux.

“Nós precisamos de uma pauta propositiva, e o ambiente dessa pauta propositiva é a democracia. A democracia não pode ser questionada da forma como vem sendo questionada no país”, afirmou o senador.

A reunião de Pacheco com Fux teve o objetivo de discutir soluções para a crise entre os poderes, em especial o desgaste do Judiciário com o Executivo.

A crise se intensificou após o presidente Jair Bolsonaro direcionar ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nos últimos dias, os tribunais abriram investigações sobre o presidente. Uma delas é o inquérito no TSE, tribunal presidido por Barroso, que investiga Bolsonaro por ataques sem provas contra as urnas eletrônicas.

Bolsonaro chegou a dizer, na semana passada, que vai pedir ao Senado o impeachment dos ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Mas ainda não pediu.

Na saída do encontro com Fux, Pacheco disse também que o radicalismo e o extremismo são ruins para o país e para a democracia.

“Concordamos que o radicalismo e o extremismo são muito ruins para o Brasil e são capazes de destruir a democracia. Precisamos evitar o radicalismo e o extremismo e buscar o diálogo”, salientou o presidente do Senado.

Para Pacheco, o país precisa de pacificação e o exemplo deve partir dos “homens públicos que estão em Brasília”.

Pedidos de impeachment
Questionado sobre os eventuais pedidos de impeachment de Barroso e Moraes, Pacheco disse que não vê nisso a solução para a crise institucional. Para ele, a solução passa pela “maturidade” dos homens públicos para reunirem-se e dialogarem.

“Eu sou contrário à utilização do impeachment como solução do problema. A solução do problema institucional para a crise que temos hoje se dá a partir da maturidade dos homens públicos para sentarem à mesa e conversarem”, concluiu o presidente do Senado.

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