Na avaliação da equipe brasileira, a resolução, mesmo vetada, cumpriu seu papel, teve 12 votos favoráveis. Apesar das tentativas de negociação, ficou bem explícita a posição dos Estados Unidos em defender Israel em qualquer hipótese e apoiar uma aniquilação do Hamas.
Depois de analisar o ambiente dentro do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil avaliou que não há clima neste momento para apresentar uma nova resolução sobre o conflito entre Israel e Hamas.
Para a equipe de diplomatas do Brasil na ONU, os Estados Unidos não vão mudar de posição, mesmo que sejam contemplados com novos ajustes. Isso porque o presidente dos EUA, Joe Biden, defende a incursão por terra na Faixa de Gaza por militares israelenses.
Antes disso, nada muda, a guerra continua, e pode se agravar caso a ocupação por terra se concretize. Biden só fez questão de deixar claro que não apoia a permanência de tropas de Israel em Gaza, mas não se opõe à investida terrestre para derrotar totalmente o Hamas.
Ou seja, para o presidente dos EUA, depois de o Exército israelense entrar e destruir todas as instalações do grupo terrorista, os soldados devem deixar a região.
O que pode acontecer na ONU é uma reunião da Assembleia Geral para discutir a crise no Oriente Médio, na qual os EUA acabariam se transformando no principal alvo de críticas.
Além de Joe Biden, o primeiro-ministro britânico Rushi Sunak também hipotecou apoio a Israeld urante encontro com seu colega Benjamin Netanyahu, desejando que Israel vença a guerra contra o Hamas.
Em outras palavras, não ficou do lado dos países que são contra a continuidade dos ataques e da incursão por terra. Com isso, fica ainda mais difícil discutir qualquer nova resolução no Conselho de Segurança.
