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Mercado financeiro eleva pela 15ª semana seguida a estimativa de inflação e prevê Selic a 6,75%

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Os analistas do mercado financeiro elevaram para 6,31% a estimativa de inflação em 2021. Também passaram a ver um crescimento de 5,27% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

As projeções constam no relatório “Focus”, divulgado pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para a Selic, a taxa básica de juros da economia, o mercado elevou a previsão pela segunda semana seguida. A expectativa é a de a taxa chegar a 6,75% ao fim deste ano.
Inflação
Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano subiu de 6,11% para 6,31%. Foi a 15ª alta seguida.

O centro da meta de inflação para este ano é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, que prevê intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.

Com isso, a projeção do mercado fica cada vez mais acima do teto do sistema de metas. Se confirmado o resultado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terá de redigir uma carta aberta explicando os motivos para o descumprimento da meta.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Para 2022, o mercado financeiro manteve em 3,75% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,5% e será oficialmente cumprida se oscilar de 2% a 5%.

Produto Interno Bruto
No caso do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, os economistas do mercado financeiro passaram a estimativa de crescimento da economia brasileira de 5,26% para 5,27%. Foi a 13ª alta seguida do indicador.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

No começo do ano, o mercado previa que o PIB iria crescer 3,4%. Porém, a economia tem mostrado reação nos últimos meses, influenciada, entre outros motivos, pela alta dos preços das commodities – produtos básicos, como alimentos, minério de ferro e petróleo, cotados no mercado internacional em dólar.

Para 2022, o mercado passou a previsão do PIB de 2,09% para 2,10%.

Taxa de juros
O mercado financeiro elevou de 6,63% para 6,75% ao ano a previsão para a taxa Selic ao fim de 2021. É a segunda alta seguida. A Selic é a taxa básica de juros da economia. Com isso, os analistas seguem projetando alta dos juros neste ano.

Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia passou de 2% para 2,75% ao ano. Em maio, foi para 3,5% ao ano e, em junho, avançou para 4,25% ao ano.

O objetivo das altas recentes, promovidas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, é conter a pressão inflacionária. A próxima reunião do comitê está marcada para o início de agosto.

Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro continuam prevendo a Selic em 7% ao ano.

Outras estimativas
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 se manteve em R$ 5,05. Para 2022, é de R$ 5,20.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção para este ano passou de US$ 68,70 bilhões para US$ 70 bilhões de resultado positivo. Para 2022, está em US$ 60,20 bilhões.
Investimento estrangeiro: a previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano recuou de US$ 55 para US$ 54 bilhões. Em 2022, a expectativa é de uma entrada de US$ 66,99 bilhões.

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