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Guarulhos tem 100% dos leitos públicos de UTI ocupados

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A Prefeitura de Guarulhos atingiu a capacidade máxima de ocupação dos leitos públicos (estaduais e municipais) de UTI nesta segunda-feira (1º). A cidade é a segunda maior do estado de São Paulo.

Por conta da lotação, a gestão municipal afirma que irá transformar leitos de enfermaria, que sofreram redução, em leitos de UTI, além de firmar parcerias com hospitais privados para ampliar a oferta de atendimento a pacientes com coronavírus.

Enquanto o número de leitos de UTI chegou a 100%, a cidade registrou queda na ocupação de enfermarias: a taxa caiu para 75,2%. Dos 70 leitos do Hospital de Campanha da cidade, 53 estão ocupados — sendo 40 na enfermaria, dez na UTI.

Até 01-06, Guarulhos registrava 3.056 casos confirmados, 293 mortes e 1.980 pessoas curadas da doença. Já o estado registrava, nesta segunda, 7.667 óbitos e 111.296 casos confirmados pelo novo coronavírus.

Em nota, o governo do estado disse que Guarulhos recebeu cerca de R$ 16 milhões para o combate à Covid-19 e que esse valor pode ser usado na contratação de leitos particulares e na ampliação dos leitos da cidade.

A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que auxiliou a prefeitura no processo de habilitação de 66 leitos de UTI.

Ocupação de UTI

Segunda-feira (1º): 100%
Sábado (30): 84,9%
Ocupação nas enfermarias

Segunda-feira (1º): 75,2%
Sábado (30): 85,4%
Em entrevista ao Bom Dia SP, o secretário de Governo de Guarulhos, Edmilson Americano, afirmou que o município deve dobrar a quantidade de leitos de UTI.

“Nós estamos aumentando a nossa capacidade, nos próximos 10 ou 15 dias, praticamente dobrando a nossa capacidade nos leitos municipais. Estamos passando de 38 [leitos] no município para mais 38. Sendo que nós temos 40 do estado.”

O secretário também garantiu que a Prefeitura de Guarulhos começará a utilizar leitos de UTI da rede privada.

Flexibilização da quarentena
O governo de São Paulo anunciou, no início da tarde desta quarta-feira, a prorrogação da quarentena no estado por 15 dias, com flexibilizações e aberturas econômicas progressivas, que serão feitas levando em conta as características de cada município.

Denominado Plano São Paulo, a proposta prevê cinco etapas. As regiões serão classificadas em fases por cor, de acordo com os critérios definidos pela secretaria estadual da Saúde e pelo Comitê de Contingência para Coronavírus.

O prefeito de Guarulhos, Guti, disse ter ficado surpreso com a decisão de que a flexibilização da quarentena vai trazer problemas para as cidades vizinhas.

“Não teve nenhuma decisão comunicada a nós previamente, nem uma tomada de decisões foi comunicada as regiões aqui do Alto Tietê. O governo do estado sempre veio pedindo para que a gente tomasse decisões em conjunto porque as pessoas trabalham em uma cidade, moram em outra e Guarulhos. São Paulo tem o maior movimento pendular do Brasil e a gente sabe que isso vai fortalecer o comércio, vai fortalecer a retomada em São Paulo e vai prejudicar a nossa região de Guarulhos. Por isso que a gente defende que tenha que tudo ser feito da melhor maneira e tomada a decisão em conjunto”, disse Guti.

A possível reabertura de parte do comércio da Capital pode provocar um fluxo de pessoas entre as cidades. Dezoito cidades são vizinhas, coladas uma na outra, como Osasco, que faz limite com São Paulo.

Pelo plano, as flexibilizações serão possíveis para:

Cidades que tiverem disponibilidade de leitos de UTI na rede pública e privada
Redução no número de casos da doença
Com manutenção do distanciamento social nos ambientes públicos
Uso obrigatório de máscaras
A cor de cada região do mapa é determinada por uma série de critérios, entre eles taxa de ocupação de UTIs e total de leitos a cada 100 mil habitantes.

Esses indicadores são avaliados junto com dados de mortes, casos e internações por Covid-19 para determinar a fase em que se encontra cada região.

A cada 7 dias será reavaliado. Depois, a cada 15 dias a região poderá se mover para fases menos restritivas. As fases poderão regredir conforme os indicadores sofram alterações.

Fase 1, vermelha: alerta máximo, funcionamento permitido somente aos serviços essenciais
Fase 2, laranja: controle, possibilidade de aberturas com restrições
Fase 3, amarela: abertura de um número maior de setores
Fase 4, verde: abertura de um número maior de setores em relação à fase 3
Fase 5, azul: “normal controlado” – todos os setores em funcionamento, mas mantendo medidas de distanciamento e higiene

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