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Governo de SP nega risco de desabastecimento de oxigênio

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O governo de São Paulo anunciou a instalação de uma usina de oxigênio em Ribeirão Preto, no interior do estado, para abastecer as unidades de saúde públicas, principalmente das redes municipais de saúde.

A usina será montada pela Ambev e deverá ficar pronta em até dez dias. No local, será feito o envase de cilindros.

O governador de São Paulo se reuniu com fabricantes de oxigênio para negociar novos contratos e evitar o desabastecimento.

No encontro, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que o estado registrou um aumento acima de 40% na demanda pelo produto.

“Temos hoje 29 mil pacientes internados, sendo que quase 12 mil estão nas unidades de terapia intensiva, estando os demais nas nossas enfermarias e pronto-atendimentos. Com isso, aumentamos em 45% a necessidade de oxigênio para essa população. Algo que, em quatro semanas, jamais imaginávamos.”

O anúncio ocorre após a capital paulista registrar problema no fornecimento de oxigênio na madrugada do último sábado (20), em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste.

Levantamento feito pelo pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP), divulgado no final de semana, aponta que ao menos 54 cidades do estado de São Paulo estão com o estoque de cilindros de oxigênio em estado crítico – ou seja, o estoque pode se esgotar em breve.

Em entrevista à GloboNews na manhã desta segunda, o presidente do Conselho apontou possíveis estratégias para evitar o desabastecimento.

“O que nós torcemos é por essa mudança, que foi autorizada pela Anvisa, para que a gente passe a utilizar também os cilindros industriais; a segunda alternativa é eles aumentarem a produção; e tem outra proposta, para que as grandes distribuidoras (o Brasil tem apenas 6 produtoras de oxigênio) coloquem unidades regionais: a gente divide o estado e você tem algumas bases regionais. Ou pegar um hospital que tem mais suporte e colocar um novo tanque, de modo que a distância que os cilindros tenham que percorrer seja cada vez menor e chegue mais rapidamente aonde a gente está precisando”, afirmou Geraldo Reple.

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