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Ciro Gomes diz que povo não está ‘parando para pensar em eleição’

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O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, avaliouem entrevista a uma rádio que “o povo não está parando para pensar em eleição ainda”.

Ciro Gomes deu a declaração ao comentar a pesquisa que mostrou o pré-candidato do PDT com 6% das intenções de voto, atrás de Lula (PT), com 43%; Jair Bolsonaro (PL), com 26%; e Sergio Moro (Podemos), com 8%.

“O Bolsonaro com 26% e o Lula com 43%. Tem aí 30% do eleitorado que não está nessa nem naquela, está disperso, ainda não achou o caminho. Mas o povo também não está parando para pensar em eleição ainda. Quem fala em eleição neste momento é político e jornalista”, afirmou o pré-candidato à Rádio Bandeirantes.

Para Ciro Gomes, o povo está neste momento “preocupado com desemprego, que é o maior da história, com o juro do crediário que está arrebentando o crédito das famílias, e com a corrupção, que está pesada”.

“Estamos ouvindo falar em roubalheira, pedido quilo de ouro para traficar dinheiro do Ministério da Educação. É o fundo do poço que o Brasil está vivendo”, acrescentou o pré-candidato, referindo-se ao áudio no qual o ministro Milton Ribeiro (Educação) afirma que, a pedido de Bolsonaro, repassa verbas a municípios indicados por pastores.
Esquerda ‘vendida’

Ainda na entrevista desta sexta, o pré-candidato do PDT voltou a criticar as articulações para a formação de uma chapa entre o ex-presidente Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, recém-filiado ao PSB.

Ciro Gomes repetiu ver um “conchavo vergonhoso” na união e atacou índices econômicos, dizendo que Lula, enquanto presidente, ficou “falando para pobre, dando esmola para pobre, falando de democracia” e, ao mesmo tempo, entregou “a riqueza da economia brasileira para meia dúzia de famílias de banqueiros” e para “a banqueirada fazer a farra”.

“A política prestando esse serviço e conversando fiado de esquerda. (…) A esquerda brasileira é a esquerda mais vendida do planeta terra”, disse.
Aliança com o União Brasil

Ciro Gomes também comentou as negociações em torno de uma eventual aliança com o União Brasil.

O colunista do g1 Gerson Camarotti informou que Ciro participou de jantar nesta semana com os caciques da legenda, Luciano Bivar e ACM Neto, e com o presidente do PDT, Carlos Lupi, no qual foi discutida uma aproximação.

O pré-candidato ressaltou que, nas eleições municipais de 2020, o PDT caminhou ao lado de outros partidos de esquerda, como o PSB, e também com os que ele chamou de “centro não-bolsonarista”, como o DEM, legenda que se fundiu ao PSL para formar o União Brasil. A questão agora, disse, é que o União Brasil também avalia um acordo com o PSDB e o MDB.

“Eu não acredito que desse mato saia cachorro, porque a contradição é muito grande. O que eu tenho a ver com o Michel Temer? Francamente. Mas eu aceito a convocação de diálogo para não dar qualquer pretexto de que eu sou um cara intransigente. Mas o Brasil precisa ter linha. E minha linha é muito clara: o Brasil precisa mudar o modelo econômico e de governança política”, disse.

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