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Banco Central atrasa divulgações de dados da economia

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O Banco Central informou que a divulgação do relatório Focus, que tradicionalmente acontece às 8h30, acontecerá com atraso pela segunda semana seguida. A expectativa é que os números sejam divulgados às 10h.

O BC acrescentou que as divulgações de indicadores econômicos sobre a contas externas, juros bancários e sobre os resultados das contas públicas, amplamente acompanhadas pelo mercado financeiro, não acontecerão dentro do prazo normal — que seria nesta semana. Não há data definida para quando serão divulgados.

“As notas econômico-financeiras (estatísticas do setor externo, estatísticas monetárias e de crédito e estatísticas fiscais) não serão divulgadas nesta semana. Oportunamente, informaremos as datas de publicação das notas relativas ao mês de fevereiro de 2022”, se limitou a informar o BC.

Apesar de questionado, o BC não informou, até o momento, a razão do adiamento das divulgações. O atraso ocorre durante uma operação-padrão dos servidores da instituição, que, desde o fim do ano passado, pedem reajuste salarial de 27%. A operação-padrão começou em 17 de março.
Paralisação

Representantes dos servidores informaram que houve uma reunião com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, no último sábado (26) e que não foi feita uma contraproposta por parte do governo.

Na semana passada, o secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, confirmou que os R$ 1,7 bilhão aprovados pelo Congresso Nacional no orçamento deste ano, para reajustes salariais, estão à disposição. Ou seja, a liberação dos valores depende apenas de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro.

Inicialmente, os recursos estavam destinados ao reajuste da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), mas outras categorias seguem pressionado por aumento, como os servidores do BC e da Receita Federal, entre outros. O prazo para definição é o mês de abril, por conta das eleições.
Fabio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que haverá uma assembleia da categoria no período da tarde, e que o sindicato defenderá o início de greve por tempo indeterminado a partir de abril.

“Tivemos uma reunião no sábado (26) com Roberto Campos Neto e não houve apresentação de uma proposta oficial. Hoje, você vai ver, está tendo atraso no boletim Focus e em algumas taxas. Tem a ver com a operação-padrão que a gente está realizando desde o dia 17. Não tem nenhuma reunião nova marcada. E como não teve proposta oficial, hoje a gente tem uma assembleia, às 14h, e a posição do sindicato é defender greve por tempo indeterminado a partir de 1º de abril”, declarou.

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