Preparando o caminho para seu retorno à Fórmula 1 em 2021, Fernando Alonso participou nesta terça-feira de um teste de filmagens no Circuito de Barcelona, na Espanha, em seu primeiro contato com o R.S.20, carro da Renault na temporada atual. No entanto, apesar de ter participado de outras provas desde que deixou a categoria em 2018, o espanhol reconheceu que o teste não foi tão fácil e admitiu que precisará se readaptar ao carro da F1.
Embora a Fórmula 1 proiba a realização de testes visando a competição com os carros atuais, a categoria permite que as equipes percorram até 100 km com os modelos do campeonato corrente para filmagens e ações promocionais
Pra mim foi muito especial voltar para a equipe e para um carro da F1, mas acho que o carro me superou naquele momento. Voltar para a velocidade da F1 não é tão fácil. Melhorei a cada volta, e tentei dar um retorno para os engenheiros. O trabalho hoje foi duro. Depois de 18 anos, retornando após um ano fora, é verdade que você perde um pouco do ponto de frenagem, perceber o quão rápido as curvas chegam, a performance e a velocidade, então ainda há muitas coisas com as quais eu preciso me acostumar novamente – disse o espanhol.
Desde o anuncio de seu retorno para a F1 e a Renault, equipe pela qual foi bicampeão mundial em 2005 e 2006, esse foi o primeiro contato do espanhol com um carro da categoria em pouco mais de um ano; em 2019, ele participou de um teste pela McLaren, time pelo qual correu entre 2015 e 2018, ano em que se despediu da categoria.
Mas Alonso não ficou longe do automobilismo apesar da curta “aposentadoria” na F1; de lá pra cá, venceu as 24 Horas de Daytona, na IMSA, e as 24 Horas de Le Mans, no Mundial de Endurance em 2019, e disputou em 2020 a etapa de Dakar do Mundial de Ralí e as 500 Milhas de Indianápolis. E embora se mantenha competitivo, o bicampeão mira o que ainda precisará mudar para voltar a correr:
- Primeiro, será o condicionamento físico. Meu pescoço está OK, mas talvez eu sinta um pouco de dor amanhã. Depois, medir o assento, ver o volante, posições de pedal, e também a relação com os engenheiros, tentar ter uma boa conexão. Tudo isso demandará tempo.
Em 2021, o bicampeão vai assumir na Renault – que se chamará Alpine na próxima temporada – o lugar deixado por Daniel Ricciardo, de saída para a McLaren. O australiano, de “aviso prévio”, é quem detém as melhores marcas da equipe em um 2020 positivo para a montadora francesa, tendo conquistado o primeiro pódio com o terceiro lugar do piloto de 31 anos no GP de Eifel, no último domingo.