O presidente Jair Bolsonaro (PL) decretou luto oficial de três dias pela morte ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe. Nas redes sociais, Bolsonaro publicou a decisão e lamentou a morte do líder japonês.
Shinzo Abe, de 67 anos,, após ser baleado enquanto fazia um discurso na cidade de Nara, no oeste do Japão.
Um suspeito, um homem de 42 anos, foi detido. Segundo a imprensa japonesa, o atirador é um ex-integrante da Marinha do Japão.
“Como sinal de nosso respeito ao povo japonês, de reconhecimento pela amizade de Shinzo Abe com Brasil e de solidariedade diante de uma crueldade injustificável, decretei luto oficial em todo o país durante 3 dias. Que seu assassinato seja punido com rigor. Estamos com o Japão”, escreveu o presidente em uma rede social.
Bolsonaro também manifestou solidariedade à família de Abe e elogiou o ex-primeiro-ministro japonês.
“Estendo à família de Abe, bem como aos nossos irmãos japoneses, a minha solidariedade e o desejo de que Deus cuide de suas almas neste momento de dor.”
Primeiro-ministro longevo
Abe esteve no poder durante oito anos e deixou o cargo em setembro de 2021. Foi o chefe de governo do Japão a ocupar o cargo por mais tempo. Seu sucessor – o 100º primeiro-ministro do país – é Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores, eleito em outubro de 2021.
Ao renunciar, Abe alegou motivos de saúde. Ele sofria de colite ulcerativa crônica, uma doença que já o havia tirado do poder em uma outra ocasião, em 2007.
Repercussão
O Ministério das Relações Exteriores também divulgou uma nota de pesar pela morte de Abe. No comunicado, a pasta classificou o ataque sofrido pelo ex-primeiro-ministro japonês como “covarde” e afirmou ter recebido a notícia com “tristeza e consternação”.
O ministério destacou a relação de Abe com o Brasil apontando que o líder japonês “sempre cultivou interlocução no mais alto nível e sua presença na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016 simbolizou o afeto entre os dois países”.
A pasta encerra a nota transmitindo “suas sentidas condolências à família e aos amigos do ex-primeiro-ministro Abe, ao governo e ao povo do Japão”.
Em uma rede social, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também manifestou pesar pela “triste e chocante notícia” do atentado contra o ex-primeiro-ministro japonês.
“Nossa solidariedade ao povo japonês, em especial aos familiares e amigos de Shinzo Abe, que marcou a história como o mais longevo premiê do Japão”, escreveu Pacheco.