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Comunista Márcio França defende que câmeras corporais só sejam ligadas em ação

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O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSB, Márcio França, afirmou que defende que as câmeras instaladas em uniformes de policiais só sejam ligadas antes de ações “que possam gerar violência”.

Os equipamentos, que começaram a ser usados pela Polícia Militar de São Paulo em junho de 2021, atualmente gravam tudo de maneira automática e interruptamente, sem que o agente precise acioná-los.

“Não há problema de fazer uso dela [câmera], desde que seja a partir do ato da ação. O que está errado é gravar 12 horas seguidas uma pessoa. É uma invasão absoluta da privacidade. As câmeras das viaturas estão corretas. O da farda do policial é que eu estou sugerindo que só seja acionada a partir de uma ação que possa gerar violência”, disse França em sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo.

As câmeras corporais são elogiadas por especialistas em segurança pública. Desde sua adoção, os índices letalidade policial caíram no estado de São Paulo.

Além de França, o pré-candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) também já abordou o tema das câmeras. O aliado do presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende acabar com a obrigatoriedade do uso do equipamento caso seja eleito.

Candidatura dupla

Durante a sabatina, Márcio França também afirmou que vai manter sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes até o final, caso não haja acordo com o PT para que Fernando Haddad (PT) desista da corrida pelo cargo.

França ajudou a articular a aliança entre os partidos em âmbito nacional, mas a disputa com Haddad interfere em seus planos de candidatura no estado.

Segundo a última pesquisa eleitoral realizada pelo Datafolha em abril, Haddad possui 29% das intenções de voto, seguido por França, com 20%.

O candidato do PSB afirma que propôs ao PT que, além da intenções de voto declarada, também seja considerado o percentual de rejeição dos candidatos para escolher quem seguirá na corrida.

“Fazemos uma pesquisa de opinião onde levaríamos em conta o ‘votar’ e o ‘poderia votar’. Quando esses dois componentes estão juntos, você percebe números muito próximos, meu com o dele. O presidente Lula topou, a Gleisi topou, mas parece que o diretório estadual do PT ainda não analisou. Se não houver acordo, vamos com as duas candidaturas até o final”, disse França.

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