Vinte e um anos depois de estrear como piloto de Fórmula 1 pela Williams, Jenson Button está de volta à equipe inglesa como conselheiro sênior. Campeão mundial de 2009 pela Brawn GP, Button disputou sua última corrida em 2017, pela McLaren, e agora, aos 41 anos, tem a difícil missão de colaborar para a Williams deixar as últimas posições do grid – nos últimos três anos, a equipe foi a décima e última colocada no Mundial de Construtores.
Estou muito feliz por mais uma vez poder dizer que assinei pela Williams. Quando eu tinha 19 anos, foi um momento que mudou minha vida e, apesar de ter sido há mais de 20 anos, já sinto que nunca realmente saí. Sir Frank Williams demonstrou fé em mim, pela qual serei eternamente grato, e estou extremamente animado por ter a chance de voltar e ajudar a equipe que se esforça mais uma vez pelo sucesso. Há muito trabalho árduo a ser feito, mas não tenho dúvidas de que o futuro é incrivelmente brilhante para esta equipe fantástica e mal posso esperar para começar – disse Button.
Recentemente, a equipe foi vendida ao grupo de investidores Dorilton Capital, o que encerrou a participação da família Williams na administração. Além de contratar Button para ajudar na reestruturação do time, a organização inglesa estendeu a parceria técnica com a Mercedes, que nos últimos anos já vinha como fornecedora de motores, mas passará a entregar também câmbio e componentes hidráulicos.
- Trazer Jenson de volta a bordo é outro passo positivo para nos ajudar a seguir em frente como equipe dentro e fora da pista. Jenson sempre foi um amigo da equipe e por isso é ótimo recebê-lo de volta à família Williams. Em 2000, Sir Frank viu o talento promissor de Jenson como piloto e lhe deu sua primeira oportunidade na F1. Ele mais do que cumpriu a promessa inicial ao longo de uma carreira brilhante que culminou na glória do campeonato mundial. Mais recentemente, mostrou sua perspicácia no mundo dos negócios e da radiodifusão e continua sendo uma figura amplamente respeitada no paddock. Toda essa experiência adicionará outra camada à nossa transformação, tanto tecnicamente quanto como negócio. Sei que todos na Grove têm um grande respeito por ele – comentou o CEO Jost Capito.
Como piloto da Williams, Jenson Button disputou 17 grandes prêmios, na temporada de 2000. Seu melhor resultado foi um quarto lugar no GP da Alemanha, marcado pela primeira vitória de Rubens Barrichello na Fórmula 1. Após terminar em oitavo no campeonato, Button foi para a Benetton, passou por Renault, BAR e Honda e viveu a glória do título em 2009. Após a venda do espólio da equipe japonesa para Ross Brawn, Button venceu seis corridas e superou Sebastian Vettel e Barrichello para se sagrar campeão.
Em 2010, Button se transferiu para a McLaren, pela qual competiu regularmente até 2016 – em 2017, correu excepcionalmente o GP de Mônaco no lugar de Fernando Alonso. Nos últimos anos, Jenson vinha competindo em provas de turismo, principalmente no Japão.
Em 2021, a Williams voltará a ter como pilotos o inglês George Russell, emprestado pela Mercedes desde 2019, e o canadense Nicholas Latifi, que leva um aporte significativo de patrocinadores e cujo pai até emprestou dinheiro para a equipe.
A Williams não vence uma corrida desde o GP da Espanha de 2012, com o venezuelano Pastor Maldonado. A última pole position foi alcançada pelo brasileiro Felipe Massa na Áustria, em 2014.