Se a briga pela ponta da tabela na Fórmula 1 já parece definida, o cenário no pelotão intermediário do grid está bem mais disputado com a evolução apresentada pela Renault nas últimas etapas; em 2020, o time bateu na trave do pódio em, pelo menos, três ocasiões. Para Ross Brawn, diretor da F1, é questão de tempo até que a equipe francesa se torne a terceira força do campeonato, posto antes englobado ao domínio das “três grandes”; Ferrari, Mercedes e RBR.
A dupla formada por Daniel Ricciardo e Ocon tem tido um bom desepenho nos treinos, nas classificações e nas provas recentes. O australiano, que se despedirá da equipe ao fim do ano rumo à McLaren, é quem soma os melhores resultados do time, com três quarto lugares na temporada.
A Renault evoluiu nas últimas corridas e está entregando uma performance mais consistente. Eles estão se entendendo mais com todo o equipamento, com Daniel Ricciardo e Esteban Ocon guiando em alto nível. Se eles puderem encontrar um pouco mais de velocidade e manter a consistência, não vai demorar muito até que se tornem os melhores do pelotão intermediário, que hoje inclui a Ferrari – disse Ross Brawn.
Segundo Ricciardo, as provas duplas em Silverstone foram o “ponto de ignição” na boa fase da Renault. Foi lá, no GP da Inglaterra, que o australiano obteve seu melhor resultado do ano, terminando a prova em quarto – repetindo o desempenho no GP da Espanha e no GP da Toscana, em Mugello, quando chegou mais perto de seu primeiro pódio pela equipe francesa.
No entanto, o fato da Renault estar disputando o posto de terceira força do campeonato contra a Racing Point e a McLaren significa que a “trindade” da categoria, antes formada pela Mercedes, RBR e Ferrari desde 2016, chegou ao fim, no momento em que a escuderia italiana é apenas a sexta no Mundial de Construtores.
- Eles (Renault) estão a apenas sete pontos da McLaren na briga pelo terceiro posto no Mundial de Construtores. Isso significa que as “três grandes” se tornaram “as duas grandes”, apenas com a Mercedes e a RBR – reconheceu Brawn.
No GP da Rússia, Ricciardo e Ocon foram, respectivamente, quinto e sétimo colocados, atrás de Sergio Pérez, da Racing Point, quarto colocado, e um surpreendente Charles Leclerc, em sexto lugar. Na tabela, a distância para a Racing Point é de apenas cinco pontos. Já a McLaren, em terceiro, não pontuou em Sochi e reduziu a vantagem sobre a montadora francesa para sete pontos.