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Vale do Anhangabaú está totalmente aberto ao público

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O Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, será integralmente reaberto após dois anos fechado para reformas.

A Prefeitura de São Paulo reinaugurou o espaço no dia 25 de julho, entretanto, o local seguiu com grades e áreas restritas ao público. A empresa que ganhou a concessão assume a zeladoria a área a partir desta segunda.

Em novembro, o Tribunal de Contas do Município (TCM) apontou quatro irregularidades no contrato manutenção do espaço. Na ocasião, a gestão municipal disse apurar os problemas.

Histórico

A entrega do Vale do Anhangabaú foi adiada por sete vezes e, mesmo depois de pronta, a maior parte do local permaneceu cercada para evitar a aglomeração de pessoas durante a pandemia de coronavírus. A reforma do espaço custou R$ 105,6 milhões . O Consórcio Viva o Vale será responsável pela gestão do espaço pelos próximos 10 anos.

Embora a reforma tenha trazido ganhos como a iluminação e o fim do cheiro de xixi na área, as mudanças geraram, desde a inauguração, muita reclamação de quem vive e passa pela região
Reinauguração

O novo Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, foi reinaugurado no domingo, 25 de julho, com fontes de água ligadas e programação cultural. O local estava fechado há quase dois anos.

A reabertura do espaço foi condicionada pela Prefeitura a uma marca: a cidade atingir 80% da população adulta vacinada com ao menos a primeira dose contra a Covid-19.
Custos da obra

A reforma do Vale do Anhangabaú foi orçada em R$ 80 milhões, mas o preço final ultrapassou R$ 105,6 milhões, preço 32% maior que o esperado. O espaço foi reinaugurado em 25 de julho, quando a cidade atingiu 80% de pessoas vacinadas contra a Covid-19, após sete adiamentos consecutivos.

A reabertura foi marcada por eventos culturais e visita monitorada. O espaço está em fase de concessão e será administrado pela concessionária Viva o Vale, formado pelas empresas Urbancon, Nacional e B. Internacional Real Estate, pelos próximos dez anos.

O contrato de concessão de R$ 55,4 milhões foi assinado em 22 de julho e publicado no Diário Oficial. Ele contempla gestão, manutenção, preservação e ativação sociocultural de toda a área que compreende o baixo do Viaduto do Chá, Viaduto Santa Ifigênia, Vale do Anhangabaú, Praça Ramos de Azevedo, trecho da Av. São João, Praça do Correio, escadaria da Rua Dr. Miguel Couto, parte da Avenida São João entre a Avenida Ipiranga e a Rua São Bento, além de 8.730 m² das Galerias Formosa e Prestes Maia e dos 11 quiosques na área central do Vale.

A outorga anual de administração do espaço será de R$ 6,5 milhões por ano.
CPI na Câmara

Paralelamente ao processo de concessão, os vereadores de SP assinaram um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar eventuais irregularidades na reconstrução do Vale do Anhangabaú.

A iniciativa partiu do vereador Toninho Vespoli (PSOL), especialmente por conta dos atrasos e valores gastos na obra. O pedido de CPI do Anhangabaú, porém, está numa fila de 19 pedidos de investigação diferentes que foram protocoladas na Câmara pelos vereador neste ano de 2021 e não tem nenhum perspectiva de ser iniciada neste ano.

“Foi uma obra desnecessária quando havia outras demandas na cidade, principalmente na periferia. Acho que há 3 pontos mais drásticos: os valores gastos, com aditivos que encareceram a obra, a demora na entrega, com sucessivas prorrogações, e a descaracterização da região, que ainda tinha um pouco de área verde e que foi completamente concretada, com completa mudança da paisagem”, explicou o vereador

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