No mesmo dia em que o governo do estado anunciou o adiamento da volta às aulas para outubro, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, afirmou que a rede municipal da cidade está sendo preparada para a volta às aulas, “seja ela em outubro, novembro ou dezembro, ou no ano que vem”. A declaração foi dada durante uma livecom o Grupo Lide sobre retomada econômica.
Covas disse que foi duramente criticado quando decidiu suspender as aulas na fase inicial de disseminação da doença na capital, mas que a ação foi totalmente acertada para conter a propagação da doença.
“Até hoje, as escolas não conseguiram conter o piolho, como você vai conseguir segurar o vírus do coronavírus?”, questionou Covas.
O prefeito disse a decisão tomada em relação a data de retorno será a mesma nas escolas públicas e privadas. “Não tem como a gente ampliar ainda mais a desigualdade do filho daquele que tem condições de pagar uma escola privada com o filho que não tem condições de pagar uma escola privada. Então, aqui não vai ter a data que volte o Dante Alighieri, o Santa Cruz e o Bandeirantes e a data que voltem as escolas estaduais”, afirmou.
“Enquanto a gente não tiver total tranquilidade de que é o momento apropriado, não é a pressão do grupo A, não é o interesse do grupo B que vai definir a data de retorno às aulas”, disse o prefeito.
Covas disse ainda que essa data não será decidida por ele, por pais, escolas, ou professores, mas pela área da saúde.
Uma pesquisa realizada pela Prefeitura de São Paulo aponta que 78% dos pais de alunos da rede municipal são contra a volta às aulas na cidade.
Reabertura das escolas adiada
O governo de São Paulo adiou a reabertura das escolas públicas e privadas no estado para o dia 7 de outubro. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no início da tarde desta sexta-feira (7).
“A data foi adiada para 7 de outubro por recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus para garantir uma margem de segurança ainda maior para as crianças, adolescentes, professores, gestores e profissionais da rede pública e privada de ensino e, obviamente, para os seus familiares”, disse Doria.
Entretanto, de acordo com o governador, as escolas públicas e privadas de regiões que estão na fase amarela há 28 dias e desejarem, poderão antecipar a reabertura para reforço escolar e atividades opcionais a partir do dia 8 de setembro.