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Morador dos Jardins vive 23 anos a mais do que o do Jardim Ângela

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Um morador do bairro Jardim Paulista, nos Jardins, vive cerca de 23 anos a mais do que um morador do Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo. É o que mostra o Mapa da Desigualdade 2020, estudo divulgado pela Rede Nossa São Paulo, com base em dados de 2019.

Enquanto a média de vida no Jardim Paulista é de 81,5 anos, no Jardim Ângela o valor cai para 58,3 anos. A média geral da cidade de São Paulo é de 68 anos.

“A gente entende que esse indicador é quase uma síntese da vida na cidade”, disse a assessora de projetos da Rede Nossa São Paulo, Carol La Terza.
O cálculo utilizado para a média de idade é equivalente à soma das idades ao morrer dividida pelo número total de mortes. Depois, a rede estabelece o “desigualtômetro”, que mede a distância entre o melhor e o pior indicador.

A média utilizada na pesquisa é diferente da “expectativa de vida”, que é uma projeção do número de anos que a população de um local deve viver caso sejam mantidas as mesmas condições do nascimento.

O Mapa da Desigualdade é desenvolvido pela Rede Nossa SP anualmente desde 2012. Ele compara dados públicos sobre os 96 distritos de São Paulo com objetivo de ampliar o acesso às informações e auxiliar na elaboração de políticas públicas.
Saúde
Os dados também trazem outros indicadores da área da saúde, como gravidez na adolescência, e mortalidades materna e infantil.

No Jardim Paulista, 0,6% dos bebês nascem de mães com menos de 19 anos de idade. O índice é semelhante em outros bairros de classe média alta, como Moema (0,8%) e Itaim Bibi (0,8%).

Já no distrito de São Rafael, no extremo sudeste da cidade, esse índice sobe para 15,3%. No bairro vizinho, Iguatemi, a taxa é de 13,8%, e em Parelheiros, na Zona Sul, é de 13,7%.

Quando se analisa a mortalidade materna, que é a proporção de mortes de mulheres por causas maternas, para cada cem mil crianças nascidas, esse índice é de 0% nos seguintes distritos: Alto de Pinheiros, Cambuci, Consolação, Cursino, Ermelino Matarazzo, Itaim Bibi, Jaguará, Jaguaré, Jardim Paulista, Lapa, Marsilac, Mooca, Pari, Perdizes, Pinheiros, Santa Cecília, Saúde e Tatuapé.

Na Liberdade, região central da cidade, a mortalidade materna sobe para 182 mortes a cada cem mil nascidos, é o pior índice da cidade.

Em seguida vem o de Belém (135), Capão Redondo (124), Perus (122), Vila Guilherme (121), e Iguatemi (111).

Os menores índices de mortalidade infantil, que é a proporção de mortes de crianças menores de um ano para cada mil nascidos, estão em Marsilac (0), Jardim Paulista (1,3), Moema (2,5), Alto de Pinheiros (3,2), Perdizes (3,4) e Vila Leopoldina (3,8).

Já as maiores taxas de mortalidade infantil estão em São Miguel (20,3), Brás (19,5), Socorro (19,1), Brasilândia (18,9), Ermelino Matarazzo (17,6), Casa Verde (16,7) e Morumbi (16,6).

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