O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que não tem intenção de vender praias brasileiras. Segundo ele, o objetivo seria a de transferir ao setor privado apenas terrenos da Marinha no litoral brasileiro.
No fim do mês passado, o ministro criticou proibição de vendas de praias e afirmou que seria possível arrecadar US$ 1 bilhão com a venda de uma praia “numa área importante”.
Nesta quarta, durante um fórum de infraestrutura portuária, o ministro disse que não propôs a venda de praias, mas de terrenos e imóveis que pertencem à União em frente às praias.
“Não é privatizar praias, as praias serão sempre públicas. Ao contrário, são os terrenos em frente à praia que pertencem à Marinha”, disse Guedes.
“Terras valiosíssimas espalhadas pelo Brasil pertencem ao governo”, completou ele.
No final de setembro, o ministro havia dito:
“Tem trilhões de ativos mal-usados. Por exemplo, tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil. Quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: ‘Vem cá, vamos fazer o leilão dessa praia?’. Não, não pode. ‘Por quê?’. ‘Isso é da Marinha’”, disse o ministro, naquela ocasião.
Nesta quarta, Guedes explicou explicou que, no caso de um “grande grupo estrangeiro” querer comprar esses terrenos, eles poderiam ser vendidos.
“A praia é pública, todo mundo pode tomar banho de mar lá, mas vai ter um hotel lá na frente”, declarou.
Fundo Brasil
De acordo com Paulo Guedes, a ideia é privatizar não somente terrenos da Marinha, mas empresas estatais, assim como vender imóveis da União, é de formar um fundo público, chamado de “Fundo Brasil”, para atuar em três frentes: erradicação da pobreza, por meio de transferências aos mais pobres; projetos de infraestrutura (com recursos públicos); e abatimento da dívida pública.
Ele lembrou, ainda, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem cerca de R$ 100 bilhões em sua carteira de ações de empresas,