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Lula tenta evitar derrotas no Congresso

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu entrar em campo pessoalmente para acalmar sua base aliada diante do risco de derrotas no Congresso nesta e nas próximas semanas.

Na quarta-feira (24), haverá sessão do Congresso Nacional, quando vetos importantes serão apreciados e há uma tendência de derrota parcial ou total.

Veto as emendas de comissão no valor de R$ 5,6 bilhões: governo tenta acordo para manter o veto sobre R$ 2 bilhões e liberar R$ 3,6 bilhões, mas aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometem derrubar todo o veto.

  • Veto ao cronograma de liberação parlamenteres: governo chegou a divulgar norma para definir um ritmo mais célere das emendas neste primeiro semestre, antes das eleições municipais, mas há risco de derrota para o governo.
  • Veto ao fim das saidinhas: Congresso deve analisar a decisão de Lula na sessão desta quarta e a ala conservadora do Legislativo promete derrubar o veto, enquanto o presidente busca negociar com governadores e bancada evangélica a sua manutenção.

A equipe do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), tentam evitar essas derrotas, mas sabem que não será fácil manter os vetos, mesmo com um clima mais ameno entre Palácio do Planalto e a base aliada no Congresso.

Além da sessão para análise dos vetos, o governo enfrenta riscos de derrotas na votação de projetos da agenda econômica. São eles:

  • Projeto do Parse que concede ao vetor de eventos:governo tenta reduzir a renúncia fiscal, que pode chegar na casa de R$ 30 bilhões, se for mantida a proposta aprovada anteriormente pelo Congresso.
    A relatora, deputado Renata Abreu (Podemos-SP), negocia as mudanças e o governo quer evitar que a conta fique muito salgada neste ano. Por isso, tenta limitar a renúncia a, no máximo, R$ 6 bilhões.
    A relatora também elevou de 12 para 44 o número de setores que manteriam benefício, o que pode gerar custo maior para os cofres públicos.
  • Projeto de desoneração da folha de pagamento de municípios:em ano eleitoral, deputados e senadores querem manter a versão aprovada pelo Congresso, que gera rombo nas contas públicas de R$ 10 bilhões. Governo deve judicializar o tema no Supremo Tribunal Federal (STF).

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