Auxiliares do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro disseram que ele avaliou como “acertada” a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de retirar as Forças Armadas da lista de entidades fiscalizadoras das urnas eletrônicas.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (26), por unanimidade. Para o presidente do TSE, Alexandre de Moraes a participação das Forças Armadas não se mostrou necessária, eficiente nem razoável.
Para José Múcio, segundo interlocutores, o ministro entendeu que, com a decisão do TSE, a atuação das Forças Armadas no processo eleitoral “volta à normalidade”.
Isso porque os militares, por exemplo, levam urnas para locais de difícil acesso.
Segundo auxiliares de Múcio, o ministro avaliou que não é papel das Forças Armadas fiscalizar as urnas eletrônicas.
Atualmente, essa fiscalização é feita, por exemplo, pela Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), partidos políticos, Ministério Público e Polícia Federal.
Essas entidades têm acesso, por exemplo, ao chamado código-fonte das urnas.
Por enquanto, a decisão de Múcio é não se manifestar publicamente sobre o assunto.
Relatório
No ano passado, o Ministério da Defesa preparou um relatório sobre as urnas eletrônicas no qual, sem provas, disse que não era possível comprovar a isenção das urnas e sugeriu ajustes que já haviam sido rejeitados por especialistas.
Em depoimento à CPI dos Atos Golpistas, o hacker Walter Delgatti Neto disse que em 2022, a pedido do então presidente Jair Bolsonaro esteve no Ministério da Defesa.
Ainda no depoimento, Delgatti disse que orientou o relatório apresentado pelo Ministério da Defesa.