O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou que se eleito vai implementar um programa “massivo” de regularização fundiária urbana, com ações de infraestrutura e saneamento básico.
O pedetista deu a declaração durante visita a uma vila na periferia de Curitiba (PR). Na capital paranaense, Ciro caminhou com apoiadores e participou da inauguração do comitê de campanha do candidato do PDT ao governo estadual, Ricardo Gomyde.
“Como essas pessoas que estão aqui, em uma ocupação, sujeitas ao frio, ao vento, à fome, ao desemprego, à doença, sem nenhuma infraestrutura, ameaçadas de despejo, são 14 milhões de pessoas no Brasil. E eu tenho um programa massivo de regularização fundiária urbana, [entregar] o papel da casa, o papel do terreno, tirar a ameaça do despejo e fazer a infraestrutura desses bairros”, declarou Ciro.
O presidenciável prometeu fazer obras de saneamento, drenagem e construção e reconstrução de moradias populares, o que possibilitará, segundo Ciro, o aumento de postos de trabalho no país. “Isso também vai responder à grande meta do meu projeto, que é gerar cinco milhões de empregos em dois anos”, afirmou.
Lei Antiganância’ e reeleição
Ciro voltou a falar sobre o projeto – que anunciou durante entrevista ao Jornal Nacional nesta terça-feira (23) – que tem a finalidade de socorrer endividados, o qual batizou de “Lei Antiganância”.
Segundo Ciro, a proposta tem inspiração inglesa e estabelecerá uma trava na dívida dos brasileiros, que será quitada quando o valor pago pelo consumidor atingir o dobro do empréstimo tomado.
“Você toma R$ 100 emprestado e, qualquer que seja o prazo quando você contratar, e pagar R$ 200, a lei determina a quitação. O brasileiro hoje não sabe, mas ele toma R$ 100 emprestado e, em um ano apenas, está devendo R$ 400. Então, eu quero colocar um limite em que o dobro do valor emprestado seja o limite legal para a dívida de todos os brasileiros”, afirmou o candidato durante entrevista.
De acordo com o presidenciável, essa medida tem potencial para manter o poder de consumo das famílias e contribuir para a redução do desemprego.
Terceiro colocado nas pesquisas, Ciro Gomes voltou a dizer que não tentará a reeleição em 2026 caso seja eleito presidente neste ano. Para ele, a reeleição é “instrumento da crise brasileira”.
“[É] corrupção, venda da Presidência da República aos setores mais atrasados e corrompidos da vida brasileira. E o que é preciso é ter estabilidade, continuidade ao projeto”, disse.
“Se o povo eleger esse projeto, eu cumpro a primeira etapa dele. Eu deixo o projeto pronto, cumpro os primeiros quatro anos, boto o trem no trilho e o trilho vai apontar o futuro. E o futuro é objetivamente planejado nesse projeto. Eu quero dar ao povo brasileiro a qualidade de vida que o povo de Portugal tem hoje em trinta anos”, completou o pedetista.