Para um interlocutor do Palácio do Planalto, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) disse não ter compromisso de pautar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado a sabatina de André Mendonça.
Ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Justiça, Mendonça foi indicado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Para ter o nome aprovado, necessita se submeter primeiro a uma sabatina na CCJ, da qual Alcolumbre é presidente, e depois à votação no plenário do Senado.
Bolsonaro oficializou a indicação de Mendonça em 13 de julho. Desde então, passados quatro meses, Alcolumbre não pautou a sabatina nem explicou o motivo de não fazê-lo. Um pedido de senadores ao Supremo para obrigar Alcolumbre a agendar a sabatina foi arquivado pelo ministro Ricardo Lewandowski
O recado de Alcolumbre surpreendeu articuladores políticos do governo.
Havia expectativa de que a sabatina fosse finalmente marcada depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou um “esforço concentrado” para a análise dos nomes de autoridades pendentes de aprovação na casa, inclusive o de Mendonça. A aposta era que Alcolumbre agendasse a sabatina para a semana do próximo dia 30.
Ao Blog, um auxiliar do governo disse ainda esperar que, na próxima semana, Rodrigo Pacheco faça um movimento para convencer o aliado a mudar de posição.