O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou, em reunião fechada com investidores, a forte desaceleração da inflação brasileira ante demais emergentes, mas ponderou que, quando se retira da conta itens voláteis, o índice inflacionário do País ainda é um dos maiores do grupo em 12 meses. As informações constam da apresentação feita na reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha, divulgada pelo BC.
O documento mostra que a inflação brasileira era a segunda mais alta do grupo de países no início deste ano, perdendo apenas para a Rússia, afetada pelas consequências econômicas da invasão da Ucrânia. Agora, em setembro, o índice de inflação oficial (IPCA) em 12 meses, de 7,2%, já era o segundo mais baixo, atrás apenas da China.
Mas, quando se retiram da conta os itens alimentícios e os preços ligados à energia, a inflação brasileira ainda figura entre as três mais altas do grupo, por volta de 10%, aparecendo após Rússia e Chile.
Contudo, a apresentação mostra ainda que o Brasil não é o único país entre os emergentes que têm expectativas de inflação para 2022 (5,61%) e 2023 (4,94%) acima da meta. Principalmente países da América Latina têm o mesmo quadro, como Colômbia, Chile e México.