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O que pensam os pré-candidatos à Presidência da alta dos combustíveis

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Gasolina, etanol, diesel, gás de cozinha. Itens que puxaram a inflação de abril estão entre os temas falados pelos pré-candidatos à presidência nas eleições de outubro. Afinal, os combustíveis interferiram na prévia da inflação acumulada de 12% em 12 meses e impactam diretamente na vida dos brasileiros.

O valor está relacionado a dois fatores importantes: o valor do petróleo no mundo e a cotação do dólar. Isso porque o preço dos combustíveis tem como base a política de paridade para importação feita pela Petrobras.

Criada em 2016 pelo governo de Michel Temer (MDB), a regra determina alterações no valor dos combustíveis em caso de aumento ou baixa do dólar e do petróleo. Como a guerra na Ucrânia fez disparar o custo para compra da matéria prima para refinar e criar os combustíveis, de forma automática subiu o valor dos combustíveis.
Leia o que os pré-candidatos pensam sobre o preço dos combustíveis:

Lula (PT)

Em suas falas, pré-candidato sugere mudar a política de preços da Petrobras e investir em refinarias para, a longo prazo, diminuir importação dos combustíveis.

“Por que o preço da gasolina está tão caro? Porque a gente acabou com a BR [Distribuidora] e agora tem quase 400 empresas importando gasolina dos Estados Unidos, importando em dólar, livre de pagamento de imposto e é por isso que o preço está 7, 8 reais. Vamos abrasileirar os preços, não existe explicação da gasolina ser em dólar”, disse Lula, no dia 27 de abril, em entrevista a blogueiros.

Jair Bolsonaro (PL)

Atual presidente já criticou a política de paridade de preços da Petrobras, a PPI, ao dizer que “leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço produzido aqui ao preço lá de fora. Esse é o grande problema”. Bolsonaro defende como solução implementar um subsídio para os combustíveis de forma “excepcional”, sem propor mudanças a longo prazo. Também já disse que não vai “interferir” na política de preços da Petrobras.

“Não queremos isso (inflação). A questão do subsídio é excepcional que o Paulo Guedes vai decidir porque ele continua sendo meu ministro de minha confiança. Se bem que (a alta) é no mundo todo. Mas, se nós podemos melhorar isso aqui, não podemos nos escusar e nos acomodar. Se pudermos diminuir aqui, faremos isso. Para mim, particularmente falando, é um lucro absurdo que a Petrobras tenha num momento atípico como esse. Não é uma questão apenas interna nossa. Não estou satisfeito com o reajuste, mas não vou interferir no mercado”, disse a jornalistas, no dia 13 de março.

Ciro Gomes (PDT)

Sugere como solução acabar com a paridade de preços internacionais do petróleo para baratear o preço dos combustíveis.

“Combustível, dolarizaram os preços e resolveram fazer o preço de oportunidade. O que está acontecendo com todo mundo no Brasil é um assalto à mão desarmada porque o custo de um barril de petróleo no Brasil, para produzir na Petrobras, é 10 dólares. O custo, se você botar imposto, o frete, tudo, o lucro de todo mundo da cadeia inteira até chegar na bomba do diesel, custa o barril de petróleo no Brasil 30 dólares. Sabe quanto é que eles estão cobrando? 94 dólares. No primeiro dia de um possível governo meu, os jornais publicarão dois editais. O primeiro edital convoca o conselho de administração da Petrobras para revogar o que eles chamam de PPI: Paridade de Preços Internacional”, afirmou Ciro, no dia 17 de fevereiro, ao Cuida Cast.

João Doria (PSDB)

Defende um fundo de compensação para baratear o valor dos combustíveis e, também, defende a privatização da Petrobras.

“Eu, se eleito presidente da República, vou privatizar a Petrobrás. Mas não vou fazer um monopólio público virar um monopólio privado. Ela será modelada para ser divida em quatro, talvez em até cinco empresas, para que haja competição entre essas empresas, uma outorga muito pesada para a população brasileira. Ela precisa ser muito bem modelada para que a população brasileira possa ter usufruto do valor de venda da Petrobras. E a competitividade entre as empresas, no refino e na distribuição, possa acontecer. E a obrigatoriedade, neste programa, que os vencedores todos os meses depositem em um fundo independente, recursos do seu lucro, parte do seu lucro para formar um fundo de compensação para quando você tiver situações como essa do conflito da Rússia contra a Ucrânia, você tenha bilhões de reais para evitar que, imediatamente pelo aumento do preço do barril de petróleo e do refino, seja para o diesel, para a gasolina, para o óleo e também o gás de cozinha, que esse fundo supra essa diferença para que o consumidor não seja afetado e fortemente afetado como está”, disse Doria, ao podcast No Ringue, em 17 de março.

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