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Guedes diz que Brasil vai sofrer ‘impacto’ do coronavírus

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil “vai tomar o impacto” da crise gerada pelo coronavírus, mas que ela é “passageira”.
Guedes fez o comentário ao ser questionado pelos jornalistas sobre a nova disparada do dólar que, nesta quinta, chegou pela primeira vez a R$ 5.
Na semana passada, o ministro afirmou que, se fizesse “muita besteira, o dólar poderia bater em R$ 5”.
Nesta quinta, o ministro esclareceu que, quando fez a declaração na semana passada, não estava se referindo apenas a ele ou ao governo, mas “ao Congresso, Senado, Câmara, Presidência da República, ministros, opinião pública informada pela mídia”. De acordo com Guedes “todos nós somos responsáveis” pela instabilidade que se reflete na disparada da moeda norte-americana.
Em seguida, o ministro defendeu que as disputas políticas envolvendo o governo Bolsonaro e o Congresso deem lugar a “um mutirão de solidariedade” para superar a atual crise.
“É uma crise passageira, uma pandemia, como foi dito do ponto de vista de saúde pública. Tem uma onda de impacto, um período de difusão, e depois ela cede também com força. Já está acontecendo isso na China. Vamos tomar o impacto agora”, disse Guedes.
Na quarta, em mais um capítulo da disputa entre Planalto e parlamentares, o Congresso derrubou veto do presidente Jair Bolsonaro e elevou o limite de renda para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
De acordo com o governo, esse aumento vai gerar um impacto de R$ 20 bilhões nas contas públicas apenas neste ano.

Para Guedes, que informou que o governo vai recorrer à Justiça e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar reverter a decisão sobre o BPC, a derrubada do veto foi um “sinal do Congresso Nacional” em um momento de disputa sobre as regras do orçamento impositivo – em que o Executivo e Legislativo competem pela prerrogativa de definir a destinação de recursos públicos.
“A nossa avaliação é que, se há algum espaço agora, é para justamente remanejar o orçamento para essas prioridades [área de saúde, por conta do coronavírus]”, disse.

“É hora de explorarmos as disputas? De jogamos os poderes uns contra os outros por pequenos deslizes de comentários? Ou é hora de tentarmos interpretar corretamente o que está sendo transmitido e tentarmos construir a saída juntos”, questionou.

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