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Leite e Tebet temem que rejeição a Moro contamine terceira via

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Pré-candidatos à Presidência, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e a senadora Simone Tebet estão em campanha para, cada um à sua maneira, tentar se viabilizar como o nome mais competitivo da chamada terceira via e, assim, aglutinar apoios e alianças para furar a chamada polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.

Dentro dessa estratégia, Moro se reuniu com Simone Tebet na última sexta-feira (1º) e com Eduardo Leite no sábado (2). Nesta semana, Leite deve se encontrar com Simone Tebet. Dos três, Moro é o que enfrenta a pior resistência dentro do seu partido para colocar sua candidatura presidencial de pé. Tebet é pré-candidata pelo MDB e Leite tem o aval do PSDB para construir sua candidatura.

Tanto Tebet quanto Leite, nos bastidores, têm repetido que preferem uma formação de chapa um com o outro -seja na cabeça de chapa, seja para a vice- e temem que a rejeição de Moro contamine a viabilidade da candidatura da terceira via.

O encontro entre Leite e Moro, no final de semana, foi um convite do ex-ministro ao ex-governador para retomarem conversas sobre um eventual acordo para a eleição de 2022.

Segundo o blog apurou, Moro e Leite levantaram pontos fracos e temas que podem render rejeição aos presidenciáveis durante a campanha. Mais objetivo, Leite disse a Moro acreditar que tem maior viabilidade por ter menor rejeição, por dialogar com os jovens e por ser o que ele chama de novidade para o eleitor brasileiro.

No caso de Moro, disse o ex-governador, existe a rejeição por causa do histórico de críticas do eleitor petista ao trabalho dele na Operação Lava Jato e, do outro lado, os ataques de bolsonaristas ao que chamam de “traição” após deixar o governo com pretensões eleitorais.

Moro, segundo o blog apurou, levantou então eventuais temas que poderiam ser explorados por adversários no debate eleitoral, como estratégia para esvaziar o voto do eleitor mais conservador. Por exemplo, o fato de Leite ter assumido ser homoafetivo. O ex-governador, então, respondeu que tudo tem ônus e bônus na vida pública, citando a Lava Jato no caso de Moro.

Sobre o seu caso especificamente, Leite afirmou que, sim, pode ter entraves entre o eleitor mais conservador, mas, ao mesmo tempo, foi corajoso ao falar disso publicamente. No saldo, resumiu a Moro, ele acha que o fato é mais positivo do que negativo no debate político.

Após a conversa, Leite tem repetido a aliados que quer focar sua estratégia nas tratativas com Simone Tebet. Assim como o ex-governador, a senadora acredita que uma aliança com Moro pode contaminar a chapa da terceira via já que o ex-ministro não consegue reunir apoios em seu próprio partido por uma candidatura -seja a Presidência, seja à vice- e também porque a rejeição a Moro entre o eleitorado pode não trazer benefícios para a composição de uma chapa sua com ele na vice, por exemplo.

Por isso, repetem Tebet e Leite, nos bastidores, a preferência -se houver composição de chapa- eles preferem eles.

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