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Ministro Paulo Guedes ignora inteligência do povo brasileiro

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a empresa que possui nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, está dentro da legalidade.

Em live em inglês promovida por uma instituição financeira, ele acrescentou que não há conflito de interesses, pois deixou a empresa antes de ingressar no governo.

Guedes não foi perguntado sobre o assunto, mas decidiu, mesmo assim, falar sobre sua participação em uma “offshore” no exterior.

“Sobre ‘offshore’, elas são legais. Ela foi declarada, não houve movimento cruzando as fronteiras, trazendo dinheiro do exterior ou mandando dinheiro ao exterior. Desde que eu coloquei dinheiro lá, em 2014/2015, eu declarei legalmente”, disse o ministro.

O que é offshore? E paraíso fiscal? E por que alguém coloca dinheiro nesses locais?

Offshore é uma palavra que significa, em tradução livre, ‘além da costa’ – algo que está fora do território de um país. No caso das empresas, ele é dado a uma companhia aberta por pessoas ou outras empresas em um país diferente daquele em que se residem.

De acordo com Guedes, os recursos depositados no exterior estão com administradores independentes “em jurisdições nas quais minhas ações não tem influência de jeito nenhum”. “Eu saí da companhia dias antes de vir aqui [ao governo], eu dei todos documentos”, acrescentou.

O ministro da Economia declarou, ainda, que perdeu dinheiro ao ingressar no governo, pois vendeu seu patrimônio adquirido no setor privado.

“Quando construí maravilhosos projetos para o Brasil em educação, saúde. Eu vendi tudo em investimentos sabendo que eu estaria coletando agora. Perdi muito dinheiro vindo aqui [ao governo] para evitar problemas. Tudo que estava nas minhas mãos, que eu estava investindo, eu vendi ao preço do investimento”, disse.

Paulo Guedes atribuiu os ataques que vem sofrendo por conta de seus investimentos no exterior ao “barulho político”, que, segundo ele, vai se intensificar com a proximidade das eleições presidenciais, marcadas para 2022.

“O resto é barulho, barulho e barulho e eu acho que vai piorar pois caminhamos para as eleições. Ataques pessoais (…) Todo mundo está limpo, todo mundo está legal, tudo está declarado. Apesar disso, o barulho não está parando”, concluiu.

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