Os integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Paraná afirmaram, que o discurso do presidente da República Jair Bolsonaro sobre ter acabado operação indica “desconhecimento sobre a atualidade dos trabalhos e a necessidade de sua continuidade”.
A força-tarefa se manifestou por meio de uma nota envidada pelo Ministério Público Federal (MPF).
Os procuradores da República também disseram que a fala de Bolsonaro “reforça a percepção sobre a ausência de efetivo comprometimento com o fortalecimento dos mecanismos de combate à corrupção”.
‘Não tem mais corrupção no governo’
Na quarta (7), Bolsonaro afirmou – durante pronunciamento no Palácio do Planalto – que “acabou” com a Lava Jato porque, no governo atual, não há corrupção a ser investigada.
No mesmo dia, havia sido deflagrada a 76ª fase da Operação Lava Jato. A ação mirou um esquema que movimentou R$ 45 milhões em propina e investigou crimes de corrupção passiva, organização criminosa e de lavagem de dinheiro na área comercial da Petrobras.
‘Corrupção endêmica’
Na nota, os procuradores da força-tarefa ressaltaram que a Lava Jato é uma ação conjunta de várias instituições no combate à “corrupção endêmica”.
Disseram ainda que as últimas fases da operação demonstram como ela é “essencialmente necessária”.
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De acordo com os procuradores, o apoio da sociedade à Lava Jato e a “adesão efetiva e coerente” de todos os poderes da República são fundamentais para que o esforço destinada à operação continue e tenha êxito.
Os procuradores reforçaram o compromisso na busca da promoção da Justiça e da defesa da coisa pública – “apesar de forças poderosas em sentido contrário”.