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Ministro defende que plenário decida sobre depoimento de Bolsonaro

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse ao que, se o recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) contra o depoimento presencial do presidente Bolsonaro for encaminhado a ele, levará ao plenário. O depoimento é parte do inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal.

“Sou avesso à autofagia, não podemos cassar decisões de colegas. Eu jamais faria isso. Se cair de fato para mim, eu levarei ao plenário”, disse Marco Aurélio Mello.
O relator do caso é o ministro Celso de Mello, mas Celso está de licença médica. Como Marco Aurelio é o mais antigo da Corte, após Celso, a expectativa é a de que o recurso da AGU seja decidido por ele.

Marco Aurélio afirma não saber se, de fato, isso ocorrerá, já que, mesmo de licença, o ministro Celso decidiu que o presidente Bolsonaro deveria depor presencialmente no inquérito que apura suposta interferência política na PF.

Na semana passada, o ministro Celso de Mello negou ao presidente a possibilidade de ser interrogado por escrito. A decisão não determinou local nem data do depoimento, que devem ser definidos pela Polícia Federal.

Segundo a AGU, a PF informou ao órgão que o depoimento vai ocorrer em uma das seguintes datas: 21, 22 ou 23 de setembro, às 14h. Sendo assim, pede que os efeitos da decisão do ministro Celso de Mello sejam suspensos até o julgamento do recurso.

Como a Polícia Federal já havia definido as datas para o depoimento de Bolsonaro, Marco Aurélio disse ao blog que vai “congelar” o depoimento até que, então, o plenário decida sobre o caso.

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