O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
A decisão foi tomada um dia após um apagão deixar regiões em todos os estados do país, à exceção de Roraima, sem energia na manhã desta terça (15).
Na manhã desta quarta, os secretários da pasta conduzem uma reunião técnica preparatória com integrantes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O ministro não participa do encontro técnico desta manhã. Já a reunião extraordinária desta tarde será conduzida por ele.
Governo apura causas do apagão
Em entrevista coletiva Silveira não detalhou a causa do apagão. Segundo o ministro, as informações do ONS são de que houve sobrecarga em uma linha de transmissão no Ceará, o que pode ter causado a interrupção no fornecimento de energia.
Teria havido ainda outro “evento” simultâneo, ainda não confirmado. “Não há outro evento ainda apontado pelo ONS, mas como disse, em consequência da robustez do sistema, leva-se a presumir que nós tivemos um segundo evento que causou um evento dessa magnitude”, declarou.
Questionado, o governo não informou a empresa que detém a concessão da linha de transmissão afetada no Ceará.
Opresidente do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que deve apresentar um relatório ao ministério, em até 48 horas, para apontar os motivos que levaram à interrupção no fornecimento de energia do país.
Na terça-feira (15), Silveira pediu à Polícia Federal e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que investiguem se o apagão pode ter sido causado por ação humana.
O ministro levantou a possibilidade de sabotagem por causa da derrubada de linhas de transmissão em janeiro deste ano, em decorrência dos atos que resultaram na invasão da sede dos três poderes em Brasília.
“A única motivação que nos leva a poder pedir que o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, também participe da apuração do ocorrido hoje, a única e exclusiva motivação é a sensibilidade do setor elétrico. É a nossa clareza de que, com esse setor, nós não podemos transigir na segurança, ou seja, não há, por parte nossa, nenhum apontamento leviano de responsabilidade”, afirmou.