Com o fechamento dos parques temáticos da Disney na Califórnia e a abertura limitada das demais unidades, a multinacional anunciou a demissão de 28 mil funcionários de diversos países.
Em um comunicado enviado aos funcionários nesta terça, Josh D’Amaro, chefe dos parques da Disney, afirmou que a empresa teve de tomar várias “decisões difíceis”, incluindo o fim da licença de milhares de profissionais e a demissão de trabalhadores que atuavam nos segmentos de parques, experiências e produtos de consumo.
Segundo D’Amaro, 67% dos profissionais que foram desligados trabalhavam meio período em um dos parques da companhia.
Enquanto os parques temáticos da Disney na Flórida, Paris, Xangai, Japão e Hong Kong conseguiram reabrir com capacidade limitada, tanto o California Adventure quanto a Disneyland permaneceram fechados em Anaheim, no sul da Califórnia.
O segmento de parques, experiências e produtos de consumo representa uma parte importante dos negócios da Disney. No ano passado, foi responsável por 37% da receita total de US$ 69,6 bilhões da empresa.
“Há vários meses, nossa equipe de recursos humanos tem trabalhado incansavelmente para não nos separar da equipe”, acrescentou D’Amaro.
“Cortamos despesas, suspendemos projetos importantes, paralisamos atores e tornamos nossas operações mais eficientes, mas não podemos manter todos os nossos funcionários operando com capacidades tão limitadas”, concluiu.
A Disney tem perdido bastante dinheiro desde o início da pandemia. No segundo trimestre, a empresa relatou uma perda de US$ 1 bilhão em receita operacional pelo fechamento de seus parques, hotéis e empresas de cruzeiros. No terceiro trimestre, o prejuízo foi ainda maior: US$ 3,5 bilhões.
Para mudar esse cenário, a Disney tem trabalhado para convencer os legisladores do estado da Califórnia a autorizar a reabertura dos parques.
Na semana passada, a empresa divulgou nos EUA o sucesso dos seus parques da Flórida e também das unidades em Paris, Xangai e Japão. A apresentação também ressaltou as medidas de segurança implementadas nesses locais, como exigência de máscaras, pagamento sem dinheiro e pedidos on-line de refeições.